sexta-feira, 15 de junho de 2012

Trip Algodão Doce

Quinta-feira, 7 de junho de 2012, feriado de Corpus Christi.

Como de costume, Serra Caiada recebe escaladores da região. Diante de quatro dias livres uma decisão importante tinha de ser tomada – Qual setor escalaremos hoje??
Consenso, o setor da Ravina. Enquanto Marlon, Mayra, Emmanuel e a Adrieny escalavam, uma segunda equipe abria vias na pedra do OVNI. Resultado do dia: dedos fritos, braços tijolados e 3 vias abertas – a “Rio-Bahia” 5º; “O Diabo é Careta” 7a; e a “Kamikaze” 3º (móvel).  A noite veio a comemoração pelo dia abençoado, cerveja com pistache e jantar coordenado pelo chef francês, Emmanuel e seu auxiliar, Marlon.

Iraê Terra na via "O diabo é careta" 7a
Iraê Terra na via "O diabo é careta" 7a
Sexta-feira, 8 de junho de 2012, feriado imprensado – como é bom morar no Brasil.

Descobrimos que não se pode comemorar muito na primeira noite, quando se tem ainda três dias de escalada pela frente. Café tomado, setor escolhido, partimos pra Caverninha. A noite, social pela cidade, noite de Acapulco. Ao retornarmos ao Abrigo Bons Ventos levantamos a hipótese de irmos a outro pico - Pedra da Boca? Brejo da Madre de Deus? Redenção? Quixadá? Como não havia consenso fomos dormir confiando que juntamente com o despertar decidiríamos para onde ir. 


Ary na via "Kamikaze" 3º

Ary na via "Kamikaze" 3º
Sábado, 09 de junho de 2012, dia de Trip.

Assim como esperado, acordamos sabendo para onde ir e o lugar escolhido foi: Algodão de Jandaíra-PB. A viagem, batizada como Trip Algodão doce, e a relatamos abaixo.

 TRIP ALGODÃO DOCE
Movido pela certeza de que o homem precisa viajar para lugares que não conhece, majorado pelo desejo de escalar outras rochas, a equipe do NA PONTA DA CORDA parte ruma a Algodão de Jandaíra – PB. Como em toda expedição, seria necessário resolver algumas pendengas: Como chegar à pedra? Como chegar à cidade? Onde se hospedar? Contudo, não dispúnhamos de tempo hábil para fecharmos estas lacunas. Impulsionados pelo desejo de ir, partimos. A cada cidade, cada igreja, cada praça, cada monumento, a cada rosto que surgia no caminho, nos dava a certeza de termos tomado à decisão certa.

Ary, Malloy e o Japa - Destino escolhido e rota traçada
Fazendo Turismo
Fazendo Turismo
Fazendo Turismo
Fazendo Turismo

Fazendo Turismo
            Como em filmes, uma estrada de piçarro corta a BR. - É à entrada da cidade! Gritou alguém. É, é isso mesmo, não há sinalização.
            Percorremos cerca de 11 km pela estrada de piçarro, apreciando a bela paisagem com rochas por todos os lados.
            Chegando à cidade, paramos pra solicitar informações. Um sujeito franzino, mas seguro em suas passadas e em sua fala, nos informa como chegar a Serra do Cabloco e falou ser o proprietário da pedra. Pedimos permissão e partimos.
            Na busca pela Serra do Cabloco, uma pequena serra insurgiu, enfeitiçando-nos. Paramos, pra nos deleitar com o que ela tinha a oferecer. – Grampos! - Há vias! – É a "Vai Tu" 5º. Foi o dialogo travado antes da escalada.

Serra dos Riachos do Negros, Algodão de Jandaíra/PB
Ary na "Vai tu" 5º - Serra dos Riachos do Negros, Algodão de Jandaíra/PB  
Ary na "Vai tu" 5º - Serra dos Riachos do Negros, Algodão de Jandaíra/PB 
Depois de escalarmos, é hora da segunda fase da missão, difundir a Ordem dos Marcellinus. Missão cumprida, foi conquistada a via Marcellinus pelo Mundo-PB. No intervalo entre a escalada e a conquista da Marcellinus pelo Mundo/PB, conhecemos os irmãos Leonilson e Leandro e também a sua mãe Dona Marlene.
Base da "Marcelinnus pelo mundo/PB" 5º

Ary na conquista da "Marcelinnus pelo mundo/PB" 5º
Ary na conquista da "Marcelinnus pelo mundo/PB" 5º
Preocupada com a possibilidade de viajarmos a noite, Dona Marlene nos ofereceu as chaves da Escola Municipal Antônio José da Silva, para dormirmos.

Croqui da Localidade Riacho dos Negros, Algodão de Jandaíra/PB
Visual da Serra dos Caboclos
Cume Serra dos Caboclos
Cume Serra dos Caboclos
Levantamos às 5h da matina pra repetirmos todas as vias da parede. Pra nossa surpresa o Leonilson surge no cume da serra nos convidando para tomar café. Como de costume (rsrsrs) abusamos da sua generosidade e o pegamos como guia. Em nossa caminhada, mais uma via foi aberta, de frente a Pedra furada, a Algodão Express.
Descida para a Furna dos Índios

Teto com linhas para vias - Furna dos Índios 
 Em Algodão de Jandaíra, exploramos as serras, os mitos, as lendas e a sua historia.
Por onde andamos? As linhas que vimos? Os prováveis setores? Isso fica pra outro post.
           
Uma Ninfa, inocente e sedutora, estimulando fantasias e desejos, provocando sensações e prazeres, desejando ser explorada e satisfeita, assim é Algodão de Jandaíra.

 Equipe Na PONTA da corda:
Ary Alecrim Pacheco Neto;
Denn Malloy;
Leonard Goes;
“Um dia é preciso parar de sonhar e, de algum modo, partir.” – Amyr Klink

Texto Leonard "Japa" Goes

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